Douro Desvendado: Ucanha, maravilhosa aldeia. Blog do Douro

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O Douro Desvendado para Além dos Suspeitos do Costume: Ucanha

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Por entre estradas sinuosas e paisagens arrebatadoras, chegamos a Ucanha!

Venha conhecer a beleza da aldeia vinhateira de Ucanha, um tesouro do Douro!

Conhecido pelas paisagens de cortar a respiração e pelo seu Vinho do Porto, o Douro esconde vários tesouros incluindo, claro, algumas aldeias vinhateiras menos conhecidas. Uma delas é Ucanha.

Se faz parte daquele grupo de pessoas que nunca ouviu falar deste incrível lugar, ou se tem apenas uma vaga ideia sobre esta aldeia encantadora, continue a ler e deixe-se surpreender. E, para quem já conhece, recorde as maravilhas de Ucanha e comece já a preparar a próxima visita!

Afinal… planear uma escapadinha pelo Douro é sempre entusiasmante e uma ótima ideia, não concorda?

 

Onde fica Ucanha?

Localizada na margem direita do Rio Varosa, numa bonita encosta que desce até ao rio, Ucanha foi classificada como aldeia vinhateira do Douro em 2001 e, segundo contam os populares, é uma das mais antigas aldeias da região. E, se já está a perguntar-se de onde surgiu o nome Ucanha, diz-se que a sua origem é Cucanha, uma palavra usada até ao século XVII e que é sinónimo de “casebre” ou “lugar de diversão”. Interessante para uma pequena terra perdida no Douro mais profundo, não?

 

A História de Ucanha

Os historiadores referem que uma das primeiras civilizações a povoar Ucanha foram os romanos que viram no vale do Varosa terrenos férteis para poderem desenvolver explorações agrícolas. Assim, atualmente é, ainda, possível ver uma via romana que ligava Ucanha a Braga.

Vários séculos depois, foram os monges da Ordem de Cister a mudar-se para a então Vila de Ucanha, tendo unido esforços para a desenvolver. Hoje, são cerca de 400 os habitantes que moram efetivamente nesta aldeia vinhateira.

 

O que visitar em Ucanha

Para além da paisagem única circundante, na qual as vinhas são protagonistas, e da paz que só uma aldeia com poucos habitantes permite vivenciar, Ucanha oferece aos visitantes duas preciosidades em forma de edificação que vale a pena conhecer: a Torre e a Ponte de Ucanha.

Ao que se sabe, a Torre de Ucanha foi mandada construir pelo clérigo D. Fernando em 1465, tendo como principal função a defesa da aldeia, o controlo de pessoas e bens e a cobrança de portagens, cuja receita revertia a favor do couto monegástico de Salzedas. Mas, uma vez abolidas em 1504, as portagens acabaram, levando consigo a importância que a Torre outrora tivera. Na verdade, esta acabou mesmo por ficar entregue ao declínio, tendo passado a ser usada como armazém de produtos.

Já a Ponte é considerada uma das mais bonitas pontes medievais do país. Situada mesmo à entrada do antigo couto de Salzedas, assumia particular importância na defesa do couto monástico, tornando também mais fácil a cobrança dos direitos de portagem (que, entretanto, deixaram de existir no século XVI). Hoje em dia, a ponte reflete um passado repleto de História, enquadrando-se perfeita e subliminarmente na paisagem. E, entre essa ponte de Ucanha e a Ponte nova, há uma ínsua que, nos dias de maior calor é usada por banhistas como praia fluvial, revelando uma paisagem natural magnífica.

Nesta época do ano, em que o Douro se pinta em tons de vermelho-fogo, amarelo e violeta, a praia fluvial é o refúgio perfeito para uma escapadinha romântica ou para um piquenique onde, claro, não deverá faltar uma boa garrafa de Vinho do Porto, queijos e compotas. Demore-se nestas paisagens e não só se sentirá mais calmo, como sairá de lá renovado.

Igualmente importantes e merecedoras de uma visita são as ruínas românicas de Salzedas e da Abadia Velha, a Igreja Paroquial de Ucanha e as casas da Judiaria antiga. Uma vez que Ucanha é uma aldeia pequena, para poder absorver toda a magia envolvente é importante que faça o percurso a pé, e se perca, provavelmente encontrando-se logo na única rua que atravessa a aldeia.

Ucanha é, portanto, um tesouro perdido no meio do Douro, onde o som que impera é o da Natureza, fazendo dela uma aldeia incrivelmente única que viu nascer o conhecido filólogo e etnólogo José Leite de Vasconcelos.

 

Como lá chegar a Ucanha?

E se a esta altura já está curioso para conhecer os meandros Ucanhenses, nada melhor do que pegar na sua bagagem (não é preciso muita, o Douro é já aqui bem perto) e conduzir demoradamente por ruas sinuosas e espetaculares tão caraterísticas do Douro mais interior. Não tenha pressa, conduza com calma. Passeie por Lamego, passe por Cepões e Britiande pela estrada nacional 226 e encante-se com as magníficas paisagens que desfilam à sua passagem.

Ou, se preferir, em 2019 junte-se ao nosso Douro Encantado e embarque numa aventura inesquecível de 3 dias pela região duriense onde iremos ter tempo para um encantador passeio por Ucanha com o nosso guia e desfrutaremos, ainda, de um almoço bem típico num restaurante local!

Com efeito, visitar o Douro para além dos locais turísticos é experienciar verdadeiramente a região, criando memórias únicas que para sempre o farão sorrir. Lembre-se que investir em experiências inesquecíveis é uma das formas de fazer a vida valer a pena e de vivenciar o melhor do interior de Portugal. O Douro é, por si só, absolutamente arrebatador e imperdível!

 

Vai mesmo querer ficar em casa?